“Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.” (Marcos 3:5)
Como você escolhe lidar com a raiva?
O Senhor Jesus, em seu ministério aqui na terra, demonstrou sentir raiva, pois a indignação é um tipo de raiva que surge diante de uma circunstância injusta.
Neste caso, os fariseus, mais uma vez, o punham em teste para saber se ele curaria ao sábado.
Então, Jesus lança uma pergunta reflexiva no versículo 4: se é lícito fazer o bem ou o mal aos sábados; salvar uma vida ou tirá-la?
Mas os fariseus não respondem e isso ocasiona indignação e tristeza (que seria o condoer-se pela dureza do coração citado nas escrituras).
Jesus, ali, nos dá uma aula sobre gerenciamento de emoções.
Ele não nega ou reprime os seus sentimentos.
Ele não é reativo, agredindo ou gritando com os fariseus.
Ele não vira as costas e vai embora, entendendo-se como culpado de algo (ou seja, voltando a raiva contra si).
Ele não adoece, conservando e alimentando a raiva e tristeza em seu coração.
Ele não dá um longo sermão de julgamento e acusação contra o silêncio dos fariseus, diante de sua pergunta e da condição daquele homem.
Mas ele sente suas emoções e escolhe empregar a força advinda delas em algo positivo: na frente de todos, Ele vai e cura o homem.
Rose Meire, doutora em psicologia social pela Universidade de SP, discorrendo sobre a raiva, lembra que é preciso vê-la com naturalidade.
Ela diz: “Como seres humanos, somos movidos a sentimentos e emoções que não temos controle, mas podemos controlar tanto o que fazer e como se sentir, e vamos adquirindo isso ao longo do tempo”.
Pois é… Todos somos passíveis de sentirmos raiva, tristeza, medo ou alegria, afinal Deus nos criou com emoções.
Precisamos, porém, aprender com Jesus a gerenciá-las de modo positivo e para glorificar a Ele.
Que o Espírito Santo nos capacite.
Débora Fonseca é graduada em direito e psicologia, membro da Igreja Presbiteriana em Jardim Camburi e coordenadora da Missão Luz na Noite desde 2001.